Introdução
Na última semana, a LSS abriu um novo setor chamado “Legend Story Labs”: um setor voltado para realizar experimentos, testar mudanças e propor novos formatos.
Para estrear esse setor, surgiu a proposta de um novo formato acompanhada de um torneio já organizado: o Project Blue.
O que é o Project Blue?
Project Blue (ou PB, como chamarei daqui em diante) é o conceito de um formato em fase de testes, portanto, tudo que será dito neste artigo pode mudar nos próximos meses até sua versão final. A ideia é ser mais amigável financeiramente, com um power level mais elevado do que o Commoner.
O formato utiliza heróis Young (geralmente com vinte de vida) e um deck de 55 cartas (sendo 40 no deck principal mais 15 somando inventário, Equipments e Weapons). A diferença principal é que todas as cartas (incluindo o herói) devem ser da raridade comum ou rara.
Mas o que mais chamou a atenção foi a lista inicial de banidas.
Lista de Cartas Banidas do Project Blue
Diferente de quando o Living Legend nasceu, o PB já começa com uma lista extensa de banidas. Lembrando que, quando uma carta possui mais de uma cor, todas as cores estão banidas, e que as promocionais (como Go Bananas e Cracker Bauble) também não são válidas.
Ao olharmos para a lista, notamos algumas figurinhas carimbadas que também aparecem em outros formatos. Cartas como Belittle (1), Stubby Hammerers e Drone of Brutality (1) já têm um histórico problemático para o jogo.
Também vemos cartas já banidas no Blitz e/ou no Commoner que podem causar problemas em um formato com menos vida, como Aether Ironweave, Heartened Cross Strap e Amulet of Ice (3).
No entanto, o PB traz um conjunto de banidas que pode torná-lo único: banimentos expressivos em ferramentas defensivas.

Sem ganho de vida e sem as melhores Defense Reactions (note que ainda temos excelentes Defense Reactions como Reduce to Runechant (1) e Sigil of Suffering (1)), a proposta do formato é clara: um meta mais voltado para o valor, partidas rápidas e com pouco espaço para decks de fadiga.
Project Blue vs Commoner
Por ser um formato mais acessível, muitas comparações surgiram com o Commoner devido às suas semelhanças. Mas que tipo de mudança a inclusão de cartas raras pode trazer?
Alguns decks não terão adições tão significativas, mas algumas classes terão uma verdadeira revolução em suas listas.

Illusionist ganha uma excelente gama de auras raras já conhecidas no Classic Constructed. Passing Mirage (3) é uma das melhores ferramentas contra Poppers (ataques que ativam o Phantasm), mas não é a única aura relevante. Essence of Ancestry: Body é ótima contra decks agressivos, Astral Etchings (1) é uma das melhores cartas agressivas para Enigma e Prism passa a ter acesso a auras Light como Merciful Retribution.
Porém, a Illusionist que mais se beneficia com essa mudança é, sem dúvida, Dromai, que agora tem acesso a todos os dragões de custo 0 e 1, como Invoke Miragai e Invoke Cromai.

Decks com talento também ganham bastante nesse formato. Briar, por exemplo, passa a usar cartas com Meld de Rosetta, além de outras raras de Earth e Lightning.
Falando em Runeblade, a classe recebe cartas fortíssimas como Malefic Incantation (1), Reduce to Runechant (1), Mauvrion Skies (1) e Deathly Wail (1), tornando decks como Viserai e Vynnset muito mais viáveis.

Ranger e Assassin são outras duas classes que se beneficiam bastante das raras. Ranger ganha o ciclo de Lace, Traps e flechas como Bolt‘n Shot (1), enquanto Assassin recebe Shred (1), Art of Desire: Mind, Orb-Weaver Spinneret (1) e o ciclo de Spikes, tornando heróis como Azalea, Riptide e Arakni, Web of Deceit muito mais viáveis.

Há também muitas outras raras excelentes para determinados decks. V of the Vanguard, Snatch (1), T-Bone (1), Up Sticks and Run (1), Art of the Dragon: Fire e Summer’s Fall (1) são algumas delas.
Alguns decks
Por ser um projeto tão inicial, ainda não existe um meta definido, mas alguns decks vêm à mente quando pensamos em um ambiente menos defensivo e com raras tão poderosas.
Dromai
Dromai aqui realmente pode mostrar seu valor. Apesar de Rake the Embers (1) estar banido, ela conta com todos os dragões de custo 0 e 1 que tanto usava no Classic Constructed. Além disso, Snatch (1) é uma ótima adição, assim como algumas cartas novas: Drop of Dragon Blood e Rake Over the Coals (1).
Dromai não só pode punir decks mais defensivos, como também penaliza quem deseja estender a partida ou não tem ferramentas para lidar com todos os dragões.
Briar
Todos já conhecem o quanto Aurora é uma heroína forte, mas e se usarmos Earth e montarmos uma Briar? Diferente do Commoner, temos mais opções do que apenas ataques “zero pra quatro”.
Lightning Press (1) e Burn Up são as principais adições, mas outras cartas como Snatch (1) e Static Shock (1) (e quem sabe até mesmo Skyzyk, mesmo sem Skyward Serenade) podem ser úteis.
Sem Defense Reactions, é mais fácil encaixar nossos breaking points, mas a ausência de Snapdragon Scalers e Rosetta Thorn pode fazer falta. Ainda assim, Briar é uma excelente heroína aggro, beneficiando-se da variedade de cartas Runeblades disponíveis no formato.
Ira
E se usarmos as melhores cartas comuns e raras genéricas para montar um deck? A boa e velha Ira, Crimson Haze continua eficiente com sua estratégia de “Kodachi para um, Kodachi para dois”.
Com menos Defense Reactions (especialmente Flic Flak (1)) disponíveis, a Ninja precisa ser ainda mais agressiva, mas isso não é um problema. Cartas como Snatch (1), Bleed Out (1) e Looking for a Scrap (1) são excelentes breaking points agressivos, especialmente combinadas com a habilidade da heroína.
Conclusão
O Project Blue ainda é embrionário. Muitas coisas podem mudar nos próximos meses em relação a regras e banimentos, mas, de início, o formato traz uma proposta muito mais ofensiva e menos voltada à fadiga.
Classes como Ranger, Assassin, Illusionist e Runeblade, que tinham cartas mais restritas no Commoner, agora ganham um potencial muito maior. Um power level mais alto e acessível pode atrair não só quem não gosta da simplicidade do Commoner, mas também quem busca uma forma de entrar no jogo sem investir tanto no início.
Obrigado por ler até aqui e até a próxima! Para qualquer dúvida, estou disponível nos comentários.













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