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Review Mastery Pack: Guardian - Impacto para a classe Guardian

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No artigo de hoje vamos analisar a nova linha de produtos do FaB Mastery Pack. Vamos analisar se ela será impactante para a classe Guardian, o seu selado e se essa coleção, no fim das contas, vale a pena.

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Introdução

O FaB vem evoluindo bem na parte de suporte para classes. Nos últimos tempos, diversas classes que até então tinham um suporte precário agora possuem uma gama de cartas bem honesto. Porém, com essa evolução, naturalmente, algumas outras classes acabam ficando um pouco atrás, e uma dessas classes é Guardian.

Desdo o último suporte em Heavy Hitters (em Janeiro de 2024), a classe não recebeu nenhum suporte fora dos slots de expansão,

e enquanto Assassin, Mechanologist, Ninja e Runeblade foram algumas das classes bem beneficiadas, Guardian somente recebeu um novo herói (Jarl Vetreidi, que joga mais voltado para seus talentos Earth e Ice), fazendo a classe precisar de um suporte mais dedicado.

Porém, dois novos produtos prometem mudar esse cenário. A próxima coleção, Super Slamlink outside website, será voltada para Guardian e Brute (outra classe que carece de um suporte). No entanto, uma outra coleção veio antes completamente voltada à classe Guardian, o Mastery Pack: Guardian.

O que é o Mastery Pack: Guardian?

Mastery Pack é uma nova linha de produto voltado ao suporte a uma classe em específico (nesse caso, à classe Guardian), mas com algumas genéricas. A coleção não é draftável e também não faz parte dos sets principais do ano (ou seja, eventos competitivos não utilizarão o Mastery Pack para seus formatos selados), porém é possível jogar Crack, Shuffle, Play com essa coleção (um formato selado onde o jogador abre três boosters, embaralha as cartas e pronto, ele já possui um deck para jogar).

Apesar de parecer uma coleção mais complementar, vamos analisar qual o seu impacto para a classe Guardian.

Mecânicas

Mastery Pack não trouxe nenhuma nova mecânica ao jogo, mas veremos mecânicas bastante recorrentes na classe.

Clash

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Clash é uma mecânica introduzida em Heavy Hitterslink outside website bem simples de entender: os dois jogadores (atacante e defensor) revelarão a carta do topo de seus respectivos decks e aquele que revelar uma Attack Action com o maior poder será considerado o vencedor do Clash, e um efeito ocorre.

Em Test of Iron Grip, por exemplo, o perdedor do Clash terá que descartar uma carta. Além disso, Clash não se limita somente a cartas do tipo Block, como podemos ver em Clash of Bravado.

É importante salientar que o Clash pode empatar (caso o poder dos Attacks revelados seja igual) ou até mesmo não haver nenhum vencedor (caso os topos revelados não sejam Attacks).

Crush

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Existindo desde o início do FaB, Crush é exclusivo da classe Guardian. Ele significa: se o Attack com Crush causar quatro ou mais de dano, algum efeito ocorre. Put ‘em in Their Place, por exemplo, não possui nenhum efeito on-hit, mas caso ele cause quatro ou mais de dano, o oponente descarta a mão e compra a mesma quantidade.

Heave

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Heave é uma mecânica que não víamos há um certo tempo, e ela faz seu retorno aqui. Heave sempre vem acompanhada de um número (Heave 2, por exemplo). No fim do seu turno (mais precisamente, no início da End Phase), você pode colocar uma carta com Heave virada para cima no seu arsenal pagando o custo de Heave (Heave 2 tem um custo de 2, por exemplo), e se assim o fizer você cria a mesma quantidade de Seismic Surge (então Heave 2 cria 2 Seismic Surge).

Essa mecânica era utilizada exclusivamente em Attacks, mas Overswing (1) quebra essa exclusividade.

Uma velha-nova face

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Valda já existe no FaB há anos em sua versão Young Valda Brightaxe, mas nessa coleção ela agora aparece em sua versão adulta. Sua habilidade se mantém a mesma (apesar de sua vida não ser exatamente o dobro da versão Young). Mas será que ela é capaz de se encaixar no meta?

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Valda possui hoje um conjunto razoável de cartas. Ataques com Crush poderosos existem, mas não tantos, e não há tantas cartas que gerem Seismic Surge além de sua própria habilidade e cartas que façam efeito de wheel (que são efeitos que o jogador embaralha de volta no deck certa quantidade de cartas e compra a mesma quantidade) também são escassas, por isso sempre se optava por outros Guardians no Blitz. E isso não é diferente no Classic Constructed, mas aqui veremos um claro suporte para a heroína.

Suporte para Valda

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Um dos grandes destaques da coleção é o suporte para o token de Seismic Surge, que não vemos há algum tempo. Apesar de Expansion Slots passados e o Equipment Tectonic Plating trabalharem com o token, nenhum dos Guardians o utilizavam de maneira eficiente em seus planos, mas Valda vem para mudar isso.

Apesar da habilidade da heroína gerar o token, cartas como Seismic Eruption e Ley Line of the Old Ones ajudam a criar diversos Seismic Surge e jogar Attacks devastadores.

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O Mastery Pack também trouxe alguns bons ataques tanto para Valda quanto para a classe, e alguns merecem destaque. Headbutt, em uma primeira vista, parece ser estranho e bem situacional, mas o fato de ser azul pode te ajudar no segundo ciclo com um breaking point para 7 de poder.

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Também vemos na coleção algumas cartas que podem atrapalhar bastante heróis que trabalham com Auras Token como Vynnset, Iron Maiden (que trabalha com Runechant), Kayo, Armed and Dangerous (que trabalha com Agility e Might) e até mesmo Prism, Awakener of Sol que tem algumas maneiras de criar Spectral Shield.

Arquétipo de Mill

Agora vamos analisar um novo arquétipo para a classe: o arquétipo de Mill.

“Mill” é um termo muito comum nos TCGs que significa “destruir o topo do deck do oponente”. Não é a primeira vez que vemos cartas desse tipo no FaB, mas é a primeira vez que vemos esse tipo de estratégia na classe Guardian.

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Diversas cartas novas possuem efeitos de Mill e habilitam uma nova condição de vitória para a classe. Daily Grind, por exemplo, permite com que você prossiga com a estratégia mesmo defendendo, Leave a Dent destrói uma mão que o oponente teria em turnos futuros, e assim por diante.

Guardian já é popularmente conhecido por ser uma classe voltada à fadiga. Com essas cartas, essa fadiga pode acelerar e resolver um dos maiores problemas desses decks: empates por tempo.

O selado: Crack, Shuffle, Play

Apesar dessas novas adições para o construído, o grande destaque dessa coleção está em seu selado, especialmente o Crack, Shuffle, Play.

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Vemos na coleção diversas cartas se importando somente se o oponente for um Guardian, como, por exemplo, Smelting of the Old Ones. Essas cartas não são tão boas no construído, porém no selado (onde todos jogam com Valda Brightaxe) essas cartas podem mudar completamente o rumo de uma partida.

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Apesar de nenhum reprint significante, temos muitos reprints de comuns e raras (inclusive com algumas raras tendo downshift para comum nessa coleção) que são um bom suporte para o selado. Debilitate (3) e Thunder Quake (3) são staples da classe e que podem ajudar bastante no selado.

Destaques da coleção

Agora vamos ver alguns dos destaques da coleção que podem ter seu espaço no construído.

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Visit Anvilheim permite com que possamos dar mais vida aos escudos tirando marcadores -1 deles. Olhando para a coleção, Testament of Valahai é um excelente alvo, mas escudos mais antigos também podem se beneficiar, como Seasoned Saviour, nunca chegou a ver jogo, mas pode ter um espaço agora com essa nova maneira de tirar contadores.

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O novo Legs Legendary Base of the Mountain é uma verdadeira maneira de se defender. Por conta de seu efeito, é possível ludibriar ataques com Dominate e virar uma verdadeira parede de proteção. Como a cereja do bolo, esse Equipment é Generic, o que pode ajudar muitas classes que desejam todo esse poder de bloquear.

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Fearless Confrontation parece ser uma carta bem específica devido ao seu efeito, mas ela é melhor do que parece: uma azul, com valor de Block 3 e um herói parece ser bastante beneficiado pelo seu efeito: Gravy Bones, Shipwrecked Looter. Podemos descartar essa carta sem a necessidade da habilidade do herói e o efeito pode ser útil para salvar Allys maiores como Sawbones, Dock Hand e Chum, Friendly First Mate

Análise final: vale a pena?

Para fechar uma conclusão sobre o Mastery Pack: Guardian, vamos analisá-lo por dois pontos de vista: o seu selado e o construído.

Em Bright Lightslink outside website tivemos a primeira experiência do Crack, Shuffle, Play, porém na coleção dos Mechanologists esse formato não era tão bom assim. A mistura de muitas mecânicas juntas e as cartas não conversando muito bem entre si acabava atrapalhando um pouco da experiência, e além disso, não era garantido que você abriria o herói que queria jogar nos 3 boosters e nem que você conseguiria todos os Equipments Base nesses boosters (o que é pré-requisito para jogar o selado dessa coleção).

No Mastery Pack, o formato é muito mais bem trabalhado e melhor pensado. Em todo booster temos o herói e a arma (High Riser), as cartas possuem sinergias entre si e os efeitos parecem ser bem equilibrados. O efeito de Valda impede que o jogo se resuma à fadiga e as cartas por si só são bem simples e fáceis de entender.

Além disso, o novo produto Smash Palacelink outside website (que não entraremos em detalhes hoje) utiliza boosters do Mastery Pack para montar os decks de Ultimate Pit Fight, tornando um excelente formato casual e também mais amigável para novatos.

Para o construído, a maior parte está nas Majestics e Legendarys. Nenhum deck atual de Guardian terá sua estratégia radicalmente alterada por conta dessa coleção, mas alguns ganharam algumas cartas. Bravo, Showstopper pode agregar em sua estratégia de fadiga as cartas de Mill, Victor Goldmane, High and Mighty ganha algumas cartas interessantes de Clash como Pec Perfect, porém heróis como Betsy, Skin in the Game e Jarl Vetreidi não receberam nada de muito significativo para suas estratégias.

No final, Mastery Pack: Guardian é um excelente produto para o selado. Com mecânicas simples de entender e fáceis de se jogar, a coleção é perfeita para novatos ou jogadores que desejam jogos casuais através do Cracked, Shuffle, Play, porém essa coleção não parece ser tão boa assim para o construído. Devido à sua simplicidade, as cartas mais poderosas acabam deixando um pouco a desejar. Apesar de uma nova estratégia de Mill, ela ainda não parece ser o suficiente para se tornar uma estratégia no meta. Além disso, a classe Guardian possui problemas contra alguns decks em alta como Gravy Bones, Shipwrecked Looter, por exemplo.

E você, o que achou da coleção?

Obrigado por ler até aqui e até a próxima.