Introdução
2024 está chegando ao fim e tivemos um dos maiores anos para o Flesh and Blood. Em seu quinto ano de existência, passamos por altos e baixos, um belo crescimento na comunidade e muitos novos heróis.
Vamos fazer uma retrospectiva deste ano incrível e relembrar tudo o que aconteceu!
Heavy Hitters
Começamos o ano livre da era do gelo proporcionada por Lexi, Livewire e Iyslander, Stormbind no final de 2023, além de uma coleção voltada para as “raízes” do Flesh and Blood. Heavy Hitters trouxe não só as classes originais do jogo (com exceção de Ninja), como também se propôs a uma gameplay mais lenta e voltada ao valor.
Ad
Se quiser entender melhor a coleção, leia nosso review de Heavy Hitters!
Uma mudança brusca de meta
A coleção entrou impactando imediatamente o meta com a presença de Victor Goldmane, High and Mighty, Kassai of the Golden Sand e Kayo, Armed and Dangerous (que na época era o melhor deck do Classic Constructed).
Para muitos, essa temporada foi a época de ouro do jogo, na qual diversos decks eram extremamente viáveis no formato e nem mesmo os decks mais fortes ficavam longe dos demais decks. Kano, Dracai of Aether, Dromai, Ash Artist e Prism, Awakener of Sol eram alguns exemplos de excelentes decks que podiam fazer ótimos resultados.
A rainha dos dragões deixa o formato
Nessa mesma temporada, Dromai, Ash Artist disparou em pontos de Living Legend. Em um meta sem Ice e mais voltado ao jogo de valor, a Illusionist conseguiu ainda “trapacear” tudo isso graças à sua horda de dragões. Com uma das finais mais emocionantes de um Pro Tour, a Illusionist atingiu, praticamente, os mil pontos necessários e foi a única heroína do Classic Constructed a atingir o status em 2024.
Caso queira entender melhor sua história, recomendo a leitura artigo sobre o Pro Tour: LA!
O início dos Armory Decks
Também foi nessa temporada que a LSS lançou uma nova linha de produtos: os Armory Decks. Até então havia pré-construídos apenas de Blitz, mas não fazia sentido não ter um produto voltado para o formato mais jogado: o Classic Constructed. Assim, o Armory Deck tem como objetivo dar uma porta de entrada para novatos no formato - e além disso, o produto também atrai jogadores mais veteranos com cartas exclusivas.
Kayo, Armed and Dangerous foi o primeiro a estrear a linha, mas durante todo o ano tivemos diversos outros decks que só melhoraram na qualidade das listas e das cartas novas - inclusive, um deles com um herói novo.
Part the Mistveil
Eis que chega Junho com uma das coleções mais polêmicas dos últimos tempos. Part the Mistveil trouxe grandes coisas para o jogo: um novo talento (Mystic), a entrada do Flesh and Blood no mercado japonês e a promessa de uma coleção com um power level maior.
Você pode ler o review dessa coleção aqui.
Os heróis tiveram um impacto imediato em seu lançamento. Enigma, Ledger of Ancestry era a favorita dos jogadores e visada como a melhor heroína do Classic Constructed por ter um jogo idêntico à “falecida” Prism, Sculptor of Arc Light, e Nuu, Alluring Desire já era a melhor heroína da classe Assassin por juntar as melhores mecânicas de Uzuri, Switchblade e Arakni, Huntsman.
Ad
Mas mal sabíamos que teríamos um dos maiores problemas do jogo, que levaria a uma das maiores mudanças estruturais do formato.
O “problema Zen”
Zen… um dos heróis mais fortes da história do jogo surgiu e quebrou o Classic Constructed em duas partes. Com uma combinação forte de equipamentos como Traverse the Universe, ele era capaz de jogar um dos combos mais fortes do jogo: Bonds of Ancestry (1) combinado com Art of War (2) e uma tonelada de dano.
Rapidamente Zen dominou o meta em absolutamente todos os formatos competitivos, resultando em uma das piores temporadas de Skirmish no Blitz.
O Ninja colocava todos os heróis em cheque. Basicamente, o oponente deveria ganhar o jogo antes do ninja achar suas peças, se não a derrota era garantida. Um banimento tentou conter um pouco o herói, mas de nada adiantou e a situação foi ficando cada vez mais delicada. Eis então que temos a banlist mais significativa do jogo.
Queimando os livros
A lista de banidas do dia 04/09 (ou, como ficou, conhecido “Book Burning”), foi a lista com maior mudança e profundidade na história do FaB.
Ela não visava somente resolver o problema que Zen era, como também buscava resolver e mudar um problema estrutural do jogo de card advantage através da compra positiva de cartas. Art of War (2), Bonds of Ancestry (1) e Tome of Fyendal (2) foram algumas das cartas afetadas, mas essa mudança foi extremamente positiva e trouxe o jogo para partidas mais lentas, e não mais jogos explosivos.
Rosetta
E nesse momento tão marcante do jogo, Rosetta chega trazendo suporte para duas classes que estavam ficando para trás no jogo: Runeblade e Wizard.
Para entender a coleção, leia o review de Rosetta.
Com a volta dos talentos Earth e Lightning, todos os heróis buscavam repaginar as classes e trazer novas propostas de gameplay - principalmente nos Wizards. Earth buscava uma gameplay mais defensiva, voltada para segurar o começo de jogo para um fim de jogo avassalador, enquanto Lightning buscava ser rápido e finalizar o jogo o mais rápido possível.
Uma estrela-cadente no meta
O herói que se tornou verdadeiramente forte no meta dominado por Part the Mistveil foi Aurora, Shooting Star. A runeblade não só possui um gameplay muito consistente como seu dano híbrido (físico e arcano) a torna agressiva por duas frentes de dano.
Mas não foi só ela que se beneficiou com a coleção. Viserai e Vynnset tiveram uma bela atualização e se tornaram decks a se considerar em um meta, e nessa temporada Dash I/O também beirou o quebrado com sua interação entre High Octane (1) e Cerebellum Processor (3) - no entanto, a Action foi banida após o mundial.
Ad
1st Strike decks
Também muito próximo à Rosetta, tivemos o lançamento dos 1st Strike Decks. Pré-construídos Blitz não são nenhuma novidade, mas é a primeira vez que vemos um deck assim dedicado a novatos e com cartas exclusivas.
Protagonizados por Aurora e Terra, os decks são super simples de se jogar e aprender o básico do Flesh and Blood. Enquanto Aurora é mais focada para a agressão, Terra é bem mais defensivo, mas com ataques mais fortes. Os decks também contam com várias cartas exclusivas que chegam até a ver jogos competitivos, como Sizzle e Static Shock.
O saldo final
Agora vamos olhar algumas estatísticas deste ano:
- Foram lançados 14 novos heróis adultos e 14 novos heróis Young;
- Dois novos países receberam o jogo: México e Japão;
- Os seguintes heróis atingiram o status de Living legend: Dromai, Ash Artist, Dash, Briar, Rhinar e Victor Goldmane;
- Tivemos dois Pro Tours com Dromai, Ash Artist e Uzuri, Switchblade vencedoras;
- O Mundial foi ganho por Enigma, Ledger of Ancestry;
- Tivemos o primeiro herói tirado do Living Legend (Zen no Blitz).
Conclusão
Flesh and Blood tem crescido cada vez mais e aumentado cada vez mais seus torneios. 2024 foi um ótimo ano para o cenário competitivo tanto internacional quanto brasileiro. Encerramos mais um ano apesar dos problemas que tivemos e já vislumbramos The Hunted com a volta do talento Draconic e um suporte para Arakni… muitos Araknis.
Obrigado por ler até aqui, tenham um bom fim de ano e até a próxima!
— Comentarios0
Se el primero en comentar