Introdução
Assim como previsto hoje (04/03) a LSS atualizou mais uma vez sua lista de banidas e restritas trazendo muitas mudanças - principalmente para os formatos Blitz e Commoner.
As seguintes alterações foram feitas:
Blitz:
- Traverse the Universe está banida;
- Zephyr Needle está banida;
- Crown of Seeds está desbanida;
Living Legend:
- Electromagnetic Somersault (1) está restrito.
Commoner:
- Rosetta Thorn está banida;
- Waning Moon está banida;
- Zephyr Needle está banida;
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- Ball Lightning (1) está desbanida.
Antes de começarmos, Zephyr Needle foi banida em dois formatos pelo mesmo motivo de seu banimento no Classic Constructed. Caso você queira entender em detalhes o motivo, recomendo que leia a última atualização da lista de banidas e restritas.
Classic Constructed: a lenda Viserai
Apesar de o Classic Constructed não ter nenhuma alteração, uma grande mudança ocorreu nessa última temporada de Road to Nationals: a ascensão de Viserai, Rune Blood ao status de Living Legend.

Sendo o primeiro Runeblade do jogo, Viserai foi por muito tempo um herói excelente por representar a identidade da classe Runeblade: intercalar entre Attacks e Non-attacks, interagir com Runechant e causar dano tanto físico quanto arcano. Em Everfest ele recebeu cartas sensacionais como Vexing Quillhand, Swarming Gloomveil e Revel in Runeblood - cartas tão boas que o fizeram ser o primeiro herói do Blitz a atingir o status de Living Legend.
Porém, em Maio de 2022, uma lista de banidas atinge ele e enfraquece sua estratégia como um todo: o banimento (na verdade, uma suspensão) de Bloodsheath Skeleta.
Sem o Chest, Viserai perdia um dos seus principais combos com Sonata Arcanix e era forçado a jogar como um deck agressivo. Porém, à medida que o tempo foi passando, ele foi perdendo diversas cartas. Belittle (1) foi banido aproximadamente um ano depois e Rosetta Thorn deixou o formato junto com a ascensão de Briar, Warden of Thorns ao Living Legend. Com tantas cartas perdidas e a falta de suporte para a classe, Viserai caiu no limbo e ficou esquecido por muitos meses.
Eis que Rosetta é lançada trazendo todo um suporte à classe Runeblade, e Viserai entrou com tudo na coleção. Malefic Incantation (1), Succumb to Temptation e Runerager Swarm (1) foram algumas das cartas novas que entraram em seu deck, mas não as únicas. Rosetta resolveu grande parte dos seus problemas dando não só ataques com Go again mas também disrupções de diversas formas.
E com apenas uma coleção, o herói saiu do esquecimento e se tornou o melhor herói do Classic Constructed, conseguindo assim os pontos faltantes para atingir o status.
Viserai também traz consigo um marco histórico: ele é o primeiro dos oito heróis originais do jogo (no inglês chamamos de “OG Heroes”) a atingir o status, e também o primeiro herói sem talento a atingir essa marca.
Blitz
Vimos na última temporada de Skirmish que o Blitz estava em uma situação relativamente saudável: diversos heróis estavam ganhando torneios e o pódio estava bem distribuído entre Data Doll MKII, Blaze, Firemind, Zen, Aurora e Victor Goldmane, porém o Guardian atingiu o status de Living Legend na última temporada, deixando o formato sem decks controle - o que é um prato cheio para todos os tipos de decks agressivos possíveis.
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Desbanir Crown of Seeds (novamente) é uma tentativa de inserir decks Earth controles no meta como Terra e Florian, buscando equilibrar um pouco os arquétipos - uma vez que os decks agressivos estão cada vez melhores. Porém, a carta será monitorada de perto caso o talento Earth saia um pouco do controle e sufoque os decks agressivos.

Traverse the Universe vem sendo uma carta polêmica desde seu lançamento em Part the Mistveil - até mesmo no Classic Constructed. O fato de ser uma espécie de Belittle (1) em forma de equipamento permite que os heróis Mystic joguem com seis cartas quando transcendem pela primeira vez. Além disso, esse era um equipamento que fazia parte do “problema Zen” que aconteceu não só no Classic Constructed, mas também no Blitz.
E Traverse continua sendo um problema. Além do excelente valor de block, um deck menor permite achar as cartas de Transcend mais rápido e, consequentemente, ter Inner Chi mais rápido, fazendo com que praticamente o Head sempre esteja disponível para Zen fazer seus grandes turnos. Por conta disso, o Head foi banido.
Living Legend

O lançamento de Rosetta trouxe impactos imediatos para o Living Legend. Ele não só melhorou os decks de Viserai, Rune Blood e Briar, Warden of Thorns como também colocou novos heróis como Aurora, Shooting Star na competição, mas um herói em específico ficou muito mais poderoso com a coleção e com o Armory Deck: Jarl, e é claro que estamos falando de Bravo, Star of the Show.

Starvo teve quase que seu deck completamente renovado com as duas coleções. Diversas cartas entraram em sua lista como Fruits of the Forest (1), Felling of the Crown, Trip the Light Fantastic (3), Lightning Greaves, Frozen to Death, entre outros, mas uma em especial demonstrou mais poder do que deveria: Electromagnetic Somersault (3).
O fato da Instant retornar um Attack para a mão acaba sendo um jeito de “contornar” as restrições que a lista possui. De nada adianta Crippling Crush ser uma carta restrita no formato se o herói pode ter nove cópias de Electromagnetic Somersault (3) e elas se converterem em mais cópias do Attack.
Apesar dessa restrição, Starvo recebeu muitas cartas novas e ainda pode continuar sendo opressor. Por conta disso, o herói será monitorado durante a temporada de Skirmish e talvez mais mudanças possam ser necessárias em uma próxima atualização.
Commoner

Diferentemente de outros formatos, o Commoner não possui cartas poderosas e que encerram jogo por conta de sua restrição de raridade, por isso os melhores decks são sempre aqueles que apresentam os melhores números - seja ofensivamente ou defensivamente.
Dito isso, os melhores decks (Ira, Crimson Haze, Iyslander e Chane) possuem os melhores números em suas armas e dominaram o meta por muito tempo. Banir essas três armas coloca esses heróis em baixa e possibilita outros heróis que não possuem acesso a armas tão poderosas a competir.
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O desbanimento de Ball Lightning (1) pegou todos de surpresa. Por que uma carta com o Power Level tão alto e também banida no Blitz e Classic Constructed retorna ao formato de comuns?
Assim como dito anteriormente, num meta baseado em números, a falta de cartas poderosas e a completa inexistência de heróis Lightning no meta faz com que esse desbanimento traga ao talento uma ferramenta boa para competir com os demais decks. Claro que se o Attack se apresentar muito fora da curva, ele voltará a ser banido - mas com mudanças tão significativas, essa era uma boa hora de testar o Attack de volta.
Conclusão
Com tantas mudanças, vamos analisar o impacto delas nos formatos.
Runeblades ainda em alta

Estamos presenciando um dos melhores momentos do Classic Constructed. Apesar de algumas classes carecerem de algum suporte, os melhores decks estão bem diversos. Aurora, Shooting Star agora estará no trono de melhor Runeblade, mas Cindra, Dracai of Retribution também se mostra uma alternativa como deck agressivo.
Para combater essa nova onda de decks agressivos, Nuu, Alluring Desire, Prism, Awakener of Sol e Arakni, Marionette vem conseguindo resultados bem bons, e prometem crescer ainda mais no meta com a ida de Viserai.
Para a próxima temporada competitiva (o Pro Quest: Singapura) ainda teremos duas grandes adições: o Armory Deck de Aurora e a volta do Hype com o Armory Deck de Maxx ‘The Hype’ Nitro. Será que o rejuvenescimento de Maxx pode dar uma chacoalhada no metagame?
A vez dos decks controle

O Blitz em toda sua história foi conhecido por ser um formato super rápido. No entanto, à medida que esses decks mais rápidos pegaram Living Legend o meta pareceu ficar um pouco mais lento, mas as últimas adições como Aurora e o Armory Deck: Dash aceleram as coisas novamente.
Introduzir no formato uma ferramenta de controle pode ser muito bom para equilibrar um meta tão acelerado, porém há o receio disso ser “bom demais”. Já vimos em tempos anteriores como decks de controle como Oldhim, Iyslander e até mesmo Ira, Crimson Haze podem acabar dominando o cenário competitivo, e com cartas como Count Your Blessings (1) e Shelter from the Storm pode não só empatar mais jogos como fazer os heróis Earth imbatíveis.
Veremos com essa temporada o que acontecerá no formato.
Sempre um Starvo

O Living Legend sempre tem essas “idas e vindas” com o balanceamento de Starvo. Tivemos momentos em que ele era imbatível, momentos em que ele não era bom e, pós Rosetta, ele voltou a dominar o formato. E pudemos ver isso não só com a última temporada de Skirmish como também com a presença de cinco Starvos no TOP 8 do Calling: Chicago.
Essa restrição também afeta diretamente Aurora, Shooting Star no formato, porém a adição de seu Armory Deck pode acabar mitigando um pouco o espaço deixado pela Instant.
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Veremos com o Skirmish se essa restrição é o suficiente ou se ainda o formato se baseará no Guardian.
A maior mudança na história do Commoner

O banimento com certeza trará mudanças bem significativas ao Commoner. Com exceção de Iyslander, que perdeu uma das cartas mais importantes do deck e agora pode ficar obsoleta, Ira, Crimson Haze e Chane ainda jogarão muito bem no meta - porém, com os top decks mais fracos outros podem sair ganhando. Enigma, Dash e Oldhim são alguns deles que podem aparecer mais em mesas competitivas.

Mas os verdadeiros ganhadores são os heróis Lightning que recebem de volta uma das comuns mais poderosas do jogo. E se isso é o suficiente para colocá-los no meta, só o tempo dirá.
E você, o que achou dos banimentos? Baniria mais alguma carta? Achou os banimentos justos?
Obrigado por ler até aqui e até a próxima!
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