Flesh and Blood: Por que jogar o formato Commoner

A Banlist de Commoner

Os seguintes cards estão Banidos do formato Commoner em junho de 2024:

Stubby Hammerers foi banida do formato porque facilitava bastante a possibilidade de jogar o go wide no formato, tornando-o eficiente demais para Ninjas, Runeblades e outras classes agressivas.

Amulet of Ice (3) teve seu banimento junto de Stubby Hammerers para evitar que Iyslander tivesse a capacidade de invalidar jogadas defensivas de seus oponentes, na expectativa de arquétipos mais lentos ganharem mais espaço no Metagame.

Belittle (1) e Ball Lightning (1) foram banidos por serem cards muito eficientes e fortes demais para o formato, tal qual também se provaram fortes demais para o Blitz e o Classic Constructed.

Devido à baixa quantidade de resultados de torneios disponíveis hoje, o Commoner não tem um Metagame amplamente definido, mas algumas circunstâncias e posição dos heróis no formato são senso comum para diversos jogadores e criadores de conteúdo.

Um consenso quase unânime é de que Ira, Crimson Haze é o melhor deck do formato. A Ninja de Welcome Deck possui uma habilidade fácil de aproveitar e pode ser construída de formas muito distintas - seja com uma pilha de goodstuff dos melhores cards do formato, ou com as versões mais recentes voltadas para Crouching Tiger.

Ira também é a única heroína no jogo a ter acesso a sua especialização no formato, Whirling Mist Blossom que a coloca um passo a frente dos demais decks.

Iyslander também é considerada como um dos melhores decks do formato e o principal arquétipo Arcano em Commoner, e tal qual sua versão de Blitz, suas jogadas tem efeitos disruptivos que dificultam bastante a maneira como alguns heróis conseguem jogar e/ou sequenciar seus ataques, punindo mãos gananciosas enquanto obriga o resto do formato a jogar com equipamentos Nullrune para proteger-se dela.

Dash possui uma postura extremamente agressiva no Commoner que a torna altamente consistente e um dos principais decks Aggro do formato. Sua combinação de Boost com ataques eficientes a coloca em uma posição privilegiada onde ela se apresa da baixa disponibilidade de equipamentos mais defensivos no Metagame.

Bravo também se destaca no formato pela capacidade de defender bem e atacar forte, mitigando a falta de equipamentos defensivos enquanto também se aproveita das habilidades de Crush e Dominate para tirar o máximo de proveito dos seus ataques, sendo também um excelente meta call para os decks acima caso seja bem construído.

A Cards Realm possui um Tier List de Commoner produzido em 2023, e algumas atualizações com as expansões recentes incluem:

Os heróis de Heavy Hitters tiveram suporte e se provaram suficientemente bons para o Commoner, sendo todos opções viáveis para torneios ou até para competir contra os melhores decks do formato.

Nuu tem sido amplamente cogitada como uma Assassina excelente para o Metagame atual pela sua interação com cards azuis e as winrates das listas públicas parecem confirmar as especulações até agora, mas a heroína precisa passar ainda pelo teste do tempo e da adaptação do formato para ser considerada uma competidora nos Tiers maiores.

Enigma também demonstrou bons resultados recentes e se coloca na posição de melhor Ilusionista do formato hoje com uma lista voltada para fadiga, uma classe que costuma ter problemas em acompanhar o resto do Metagame pela baixa eficácia dos cards comuns da classe.

A principal desvantagem do Commoner hoje está no fato de não existir uma pontuação de Living Legend para o formato por conta do seu teor mais casual, o que acaba por tornar do Metagame dele mais estático do que outros formatos e deixando que os jogadores fiquem a mercê de meta calls e/ou do lançamento de heróis, ou heroínas que possam, com suas mecânicas, causar mudanças significativas no cenário competitivo.

Pela sua natureza mais agressiva e sua baixa disponibilidade de cards mais fortes, algumas estratégias são absolutamente invalidadas no Commoner, em especial aquelas que envolvem Ilusionistas como Dromai e Prism, além de que heróis de outras raridades, como Emperor, Dracai of Aesir, são inválidos.

Por fim, existem jogadores que reclamam que o baixo power level do Commoner, onde não existem especializações ou Raras, tornam do formato mais desinteressante do que suas variantes de Blitz e Classic Constructed ou até de outros formatos criados pela comunidade, como o Clash, que possui seu próprio sistema de regras.

É um formato muito barato

Em comparação com Blitz ou com Classic Constructed, os decks de Commoner são extremamente baratos e a disponibilidade da maioria dos cards é bem alta porque jogadores estão sempre abrindo boosters e/ou boxes para puxar as Majestics e Lendárias que precisam - logo, é fácil conseguir as singles comuns por um preço muito baixo.

Por conta da sua natureza budget, Commoner permite experimentar muitos heróis e construir muitos decks de maneiras diferentes, permitindo experimentar novas classes e arquétipos para, posteriormente, decidir também qual herói pode ser interessante ao jogador montar no Blitz e/ou no Classic Constructed.

É uma maneira excelente de introduzir novos jogadores para Flesh and Blood

Tal qual os decks pré-montados de Blitz, o Commoner é uma maneira excelente de introduzir jogadores novatos ao universo de Flesh and Blood, apresentando-lhes os heróis e dando a eles um ambiente onde podem ocorrer torneios e eventos voltados para este público enquanto, diferente dos precons, ele permite exercitar o deckbuilding dos jogadores - sejam eles novatos e/ou pessoas mais experientes que buscam uma nova maneira de aproveitar o jogo.

O apoio de lojas locais e/ou organização de eventos independentes é essencial para manter o Commoner, que não tem suporte competitivo da LSS, vivo. E criar este ambiente “de entrada” para Flesh and Blood é essencial para manter o jogo vivo e criar uma boa porta de entrada para suas respectivas comunidades.

É um formato que exercita o Meta Call

A falta de suporte competitivo significa, inclusive, que a LSS não criou e não aparenta ter pretensões de criar um sistema de Living Legend para o Commoner. Logo, o Metagame do formato tende ase tornar mais estático e muito focado no ambiente local ao invés de criar uma “aldeia global” onde jogadores tentam construir o melhor deck e/ou usar sempre a lista vencedora de um grande evento.

Essa natureza regionalizada e a noção geral de que o Metagame do formato não mudará com a saída de heróis faz com que o Commoner seja muito mais passivo a meta calls, ou seja, a necessidade de usar uma determinada combinação de cards e/ou decks para ter mais chances contra as estratégias predominantes e, consequentemente, criando um ambiente de pedra-papel-tesoura ou forçando o deck predominante a se ajustar ao resto do formato.

Ele corrige a maior controvérsia do Blitz

Com uma pool de cartas extensas que incluem diversas staples que também são jogáveis no Classic Constructed, o Blitz sofre de reclamações recorrentes de alguns jogadores sobre como algumas partidas são completamente desbalanceadas pelo potencial explosivo de dano que alguns heróis conseguem ter - e como essa dinâmica arruína a simetria do formato e/ou faz heróis se tornarem Lendas muito rápido.

Ao limitar significativamente a disponibilidade de cards e cortar algumas das staples mais problemáticas, o Commoner consegue criar um ambiente onde o dano, apesar de cadenciado e ainda ocasionalmente punitivo pela falta de bons equipamentos de defesa, é bem menos polarizado e gira muito mais em torno de trocas de atrito, com maior duração de jogos.

O Commoner é um formato ideal para construir comunidades em torno de iniciantes e para jogadores que desejam experimentar Flesh and Blood sem, necessariamente, ter de passar completamente pelo lado mais competitivo do jogo.

O suporte baseado em lojas, organizadores independentes e criadores de conteúdo ajudam a manter o cenário fresco e criar um ambiente convidativo que, posteriormente, também pode introduzir jogadores aos demais formatos do jogo, onde as mecânicas e equipamentos mais poderoso tornam da sua dinâmica mais interessante.

Obrigado pela leitura!