Introdução
Recentemente, a LSS oficializou um formato novo que estava sendo discutido há algum tempo, e agora vê a luz do dia. Estamos falando do formato Living Legend, no qual todos os heróis do jogo são válidos, e não há cartas banidas. Vamos comentar as primeiras impressões do que esperar desse formato novo e que decks parecem ser promissores e empolgantes de jogar.
Se quiser saber o funcionamento do formato com detalhes, recomendo a leitura deste outro artigo.
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Pensamentos Iniciais
O primeiro pensamento é que esse será um formato eterno. Assim como o HearthStone possui o formato Livre, Legends of Runeterra possui o formato Eterno e Magic: the Gathering possui o Vintage, o formato Living Legend vem com a proposta de podermos utilizar antigos conhecidos que já não são mais válidos.
O grande destaque no formato, no entanto, é que não existem cartas banidas e/ou restritas, tornando assim absolutamente qualquer carta do jogo válida (exceto cartas promocionais), além de que qualquer herói adulto pode ser utilizado no formato.
Não Mais Banidas
Antes de irmos para os heróis, vamos olhar para a lista de banidas do Classic Constructed, pois poder utilizar essas cartas gera possibilidades infinitas e perigosas, até certo ponto. Vamos comentar quais delas podem ser figurinhas carimbadas.
Duskblade nunca chegou a ver a luz do dia e sempre permaneceu no crepúsculo. Admitido como um erro de design, a arma de Runeblade já nasceu banida e nunca teve a chance de jogar em formatos construídos. Seu maior potencial é que runeblades podem facilmente acumular contadores na arma até o ponto que é impossível segurar todo esse dano. Agora livre, absolutamente qualquer Runeblade pode abusar da arma e ter uma condição de vitória garantida, e Briar, Warden of Thorns e Chane, Bound by Shadow são os grandes beneficiados por utilizar esta arma.
Awakening é um tutor de ataques Guardian que possui todas as características para alavancar o jogador na partida. Além de pegar o ataque em tempo de instant, o mesmo sai praticamente “de graça” por conta da quantidade de Seismic Surge criados - e o que não faltam são ataques de Guardian fortes: Oaken Old, Pulverize, Crippling Crush.
Bloodsheath Skeleta viu jogo por um certo período no Classic Constructed e já mostrou do que é capaz. Seu fortíssimo combo com Sonata Arcanix permite uma vitória certeira, causando mais de quarenta de dano arcano em um único turno - mas sua flexibilidade entre os Runeblades pode transformar esta carta em um equipamento quase obrigatório para esta classe.
Heróis em Destaque
Como o formato permite todos os heróis adultos, podemos imaginar várias listas, mas alguns deles nos vem à mente imediatamente. Vamos explorar alguns deles e ver as possibilidades que os heróis podem ter.
Junto de cada herói, deixarei uma lista que trouxe algum resultado em sua época. O objetivo dessas listas é termos uma noção do plano do herói e pensar nelas com cartas novas ou banidas em sua época.
O primeiro herói que imediatamente pensamos nesse formato é Bravo, Star of the Show. Esta estrela do Flesh and Blood é considerada por muitos o herói mais forte do jogo até hoje, e os seus resultados na época em que era válido não nos deixam mentir.
O herói consegue transformar um simples Autumn's Touch (1) em um ataque de poder 9, com Dominate e Go Again. Se isso já era muito forte na época, agora temos ferramentas novas para tornar este herói ainda mais opressor. Cartas como Hypothermia e Star Struck não existiam em sua época, e com elas este herói pode se tornar mais avassalador do que nunca.
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Apesar dessas cartas novas, este deck parece que jogará da mesma maneira que antes. Cartas que possuam mais de um talento, como Pulse of Inseloft, ainda estarão aqui para ajudar a habilidade do herói - ele poderá intercalar para jogar mais valor graças a diversas ferramentas defensivas (cartas de Earth) e possui maneiras de disrupção excelentes, como Channel Lake Frigid e Blizzard.
Seu setup será idêntico ao que já era. Crown of Seeds pode ajudá-lo a ser mais defensivo para fadiga, mas Crown of Providence pode se tornar sua nova coroa favorita. Winter's Wail com o equipamento off-hand Stalagmite, Bastion of Isenloft pode ajudar este herói em partidas mais agressivas no estilo de Oldhim, Grandfather of Eternity, além de outros equipamentos Guardian, como Crater Fist e Tectonic Plating.
Porém, diversas cartas novas saíram desde sua saída do Classic Contructed. Cartas como Erase Face e o token de Inertia (cedidos primordialmente pelas flechas de Lexi, Livewire) podem ser maneiras de combater este herói - além de auras do tipo Ice muito bem utilizadas por Iyslander, Stormbind. Somente o tempo dirá se serão o suficiente.
Briar, Warden of Thorns era um deck agressivo decente e ainda era válida no Classic Constructed, porém, nesse formato, diversas cartas banidas retornam para tornar este deck ainda mais forte do que era quando esta heroína era novidade.
Sua saída recente do Classic Constructed nos faz lembrar de um deck bem agressivo com turnos de Channel Mount Heroic e Force of Nature, mas isso é só o começo do potencial da heroína com toda a sua pool disponível.
Graças à Ball Lightning (1) e sua interação com Sting of Sorcery, podemos causar uma quantidade proibitiva de dano por turno. Para manter todo esse dano consistente, a lista é bem focada em Lightning, com o qual podemos ganhar diversos Go Again além de potencializar cartas como Force of Nature e Plunder Run (1)
Além disso, algumas cartas novas surgiram desde sua época de ouro, dentre elas Swarming Gloomveil e Anthem of Spring, porém a possível presença de cartas de Ice pode tornar a vida desta heroína difícil.
Se Briar, Warden of Thorns parece ser um deck agressivo muito bom, Chane, Bound by Shadow também será. Além de poder usar a já citada arma Duskblade, este Runeblade tem todo o seu poder liberado com Seeds of Agony (1) (restrita em sua época), mas também pode usar cartas novas que visavam Vynnset, Iron Maiden.
A mecânica de Rune Gate apresentada em Dusk Till Dawn pode trazer possibilidades novas a este herói, porém seu jeito velho e bom de jogar ainda faz dele um dos melhores decks agressivos do jogo.
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Sua ideia se mantém a mesma: Criar diversos Soul Shackle para termos consistentemente uma “segunda mão” na zona de banimento, tornando este deck cada vez mais perigoso a medida que o tempo da partida vai se estendendo - e se a estratégia é capaz bater de frente com Bravo, Star of the Show, com certeza será bom contra os outros heróis.
Indo na contramão da agressão, Viserai, Rune Blood chega promissor como um dos melhores decks controle do formato. Apesar de hoje ser mais famoso por sua versão agressiva (seja com ou sem Crown of Dominion), a saudosa Bloodsheath Skeleta permite que este Runeblade acumule cada vez mais Runechant (graças a sua habilidade e cartas como Mordred Tide, Reduce to Runechant (1) e Read the Runes (1)) para quebrar o equipamento e criar um gigantesco Sonata Arcanix, garantido assim a vitória.
Porém, ferramentas mais recentes podem tornar este deck mais consistente. O equipamento Grimoire of the Haunt oferece Arcane Barrier e Scepter of Pain pode facilmente gerar Runechant (ao molde de Flail of Agony, mas sem precisar atacar), Blessing of Occult (1) é mais uma forma de gerar os tokens e Sonata Fantasmia é um finalizador excelente com Bloodsheath Skeleta, garantido que o oponente descarte praticamente a mão toda e não consiga pagar todo o dano arcano que virá em seguida.
A mais nova integrante das lendas vivas se mostrou muito competente no que se propõe a fazer. Graças à Outsiders e sua rápida subida na pontuação, Lexi, Livewire mostrou ser um dos decks agressivos mais fortes já vistos no jogo.
Diversas flechas, como Infecting Shot (1), Heat Seeker, e Endless Arrow, tornam a vida do oponente mais difícil quando é preciso saber o que bloquear, e todas elas podem voltar a ser ameaças com Codex of Frailty.
Por ser uma das mais recentes a atingir este status, ela possui as últimas tecnologias do jogo, mas ainda pode jogar da “maneira antiga” com sua versão de Ice utilizando Frost Lock e Chilling Icevein (1). Sua cadência trazida por Voltaire, Strike Twice e a quantidade de efeitos on-hit podem colocar os outros decks na parede, além de poder jogar com seis cartas graças à New Horizon.
Uma das heroínas mais queridas do jogo também aparece aqui. Prism, Sculptor of Arc Light é um dos decks mais emblemáticos e mostra como a classe Illusionist é forte com o suporte certo.
Prism, Sculptor of Arc Light colocava em cheque qualquer deck que utilizasse um único grande ataque, não só por conseguir se defender muito bem com cartas como Soul Shield, mas por também fazer um exército de auras com Spectra (todas com Go Again graças à Luminaris e com interações entre si) e matar o oponente com diversas “Harmonized Kodachi”. Mesmo se o deck do oponente lidasse com tudo isso, seus ataques com Phantasm aumentavam o desafio.
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Esta Illusionist nunca viu algumas cartas mais recentes em seu deck, e elas podem ser interessantes para sua estratégia. Invoke Suraya pode ajudar esta heroína a sobreviver por mais tempo, Angelic Wrath (2) a aumentar o poder de seus ataques e Empyrean Rapture a jogar a Spectral Shield “de graça”.
Mas, além desta versão, a versão “dois ponto zero” de Prism, Awakener of Sol também parece ser muito promissora no formato.
Com acesso à Luminaris, sua versão voltada para os Figment pode ser explorada a fundo no Classic Constructed, pois tem todas as vantagens de sua versão antiga e ainda pode trazer anjos aliados para ajudar no combate. Figment of Protection e Figment of Erution são os que primeiros vem a cabeça - mas, com a presença das auras com Spectra, ela pode elevar sua estratégia.
A tão amada e odiada maga de gelo, Iyslander, Stormbind, tem um potencial grande neste formato que pode ser extraído ao máximo com cartas banidas no Classic Constructed, que aqui podem ser usadas livremente.
Esta maga pode ser a ferramenta necessária para conter qualquer deck que queria ser hiper agressivo. Suas ferramentas de controle são tão poderosas que decks com longas combat chains devem respeitá-la.
Hypothermia praticamente encerra o turno de qualquer um desses decks, a combinação de Aether Icevein (1) com Amulet of Ice e Insidious Chill pode acabar com qualquer mão e o combo de Frost Hex com Ice Eternal pode finalizar jogos mais longos.
Além disso, seu jogo é voltado extremamente para valor, usando cartas como Wounded Bull (1) e Fyendal´s Fighting Spirit (1), que tornam este deck desafiador, mas recompensador para quem souber aproveitar cada carta.
No entanto, Iyslander, Stormbind nunca enfrentou Bravo, Star of the Show e Chane, Bound by Shadow. Portanto, como serão suas partidas contra esses heróis é uma resposta que só o tempo dirá.
Fai, Rising Rebellion é um deck agressivo decente para o formato Classic Constructed, porém, com acesso a diversas cartas banidas, ele pode se tornar um dos decks mais explosivos do jogo inteiro.
Com o devido preparo (e a ajuda de uma Blossom of Spring), este ninja pode facilmente construir um turno de Art of War, quebrar Stubby Hammerers, corrigir sua mão com Belittle (1) (tutorando Minnowism (3)) e criar uma longuíssima combat chain que só este deck pode proporcionar.
Outras cartas ainda podem potencializar tudo isso, como Spreading Flames, Snatch (1) com Go Again de Snapdragon Scalers e Mask of the Pouncing Lynx tutorando cartas como Lava Burst ou Salt the Wound. É tanto dano que pode deixar o oponente muito próximo à morte, ou nem mesmo sobreviver.
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Apesar de todo esse poder de fogo, este ninja pode ser detido pelos outros heróis de Ice já mencionados, mas mesmo assim é um deck muito promissor que pode passar por cima dos demais.
Menções Honrosas
Há ainda dois heróis que podem ser bem promissores no formato. Vamos comentar um pouco deles.
Em sua época, Oldhim, Grandfather of Eternity era um herói que trazia um destaque tremendo com sua versão fadiga. O plano era segurar o máximo de dano possível até o oponente esgotar o deck, garantindo assim a vitória com diversos ataques de Winter´s Wail. Entretanto, aqui este Guardian tem acesso a algumas cartas a mais.
Além da já mencionada Awakening, um ataque perfeito que se encaixa para estratégia é Drone of Brutality (1), permitindo que seu deck nunca acabe, e Pulse of Isenloft como uma carta que ativa os dois efeitos do herói simultaneamente.
Winter’s Wail, Amulet of Ice e Hypothermia são outras cartas que foram banidas na época e agora podem voltar a fazer parte do deck.
Outra carta nova que pode aparecer é Northern Winds, que é um bom jeito de evitar a ativação de algo do oponente por um turno.
O maior problema deste Guardian, no entanto, é Prism, Sculptor of Arc Light. Esta Illusionist consegue criar tantas auras e é tão difícil quebrá-las que, à medida que o jogo se estende, fica cada vez mais impossível de ganhar a partida. Por mais que haja Crown of Seeds, Stalagmite, Bastion of Isenloft e Channel Lake Frigid, infelizmente o deck não comporta todas essas permanentes.
Outro deck que pode ser decente nesse formato é Dromai, Ash Artist. Apesar da heroína atualmente estar longe de atingir o status de Living Legend no Classic Constructed, ferramentas novas, como Tome of Imperial Flame e Flicker Trick, podem colocá-la no patamar de competição.
Um empecilho é o fato que esta heroína nunca jogou contra diversos oponentes: Bravo, Star of the Show, Chane, Bound By Shadow e a versão controle de Viserai, Rune Blood são alguns deles. É necessário analisar como ela se comporta contra esses heróis mais antigos para assim determinarmos sua posição no formato, mas o fato de poder criar um estado de mesa incontrolável com os dragões pode a tornar decente no formato.
Conclusão
O formato ainda tem muito a ser explorado. Por hora, jogadores estão testando mais e mais listas para saber quais os melhores heróis, e teremos o resultado de todo esforço da comunidade no Mundial, onde teremos um evento paralelo dedicado ao formato.
E você, o que achou do formato? Bravo, Star of the Show é opressor para todos? Não possuir cartas banidas pode quebrar o formato em dois? Comente sua opinião abaixo!
Obrigado por ler até aqui e até a próxima.
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