FaB: Análise do Impacto do Anúncio de Banidas e Restritas de 19/Setembro

No dia 19/09, a LSS soltou mais uma atualização de banidas e restritas. Não temos nenhuma mudança significativa no meta, mas temos importantes avisos e a despedida de um heroína.

Classic Constructed:

- Briar, Warden of Thorns (e sua signature weapon, Rosetta Thorn) atingiu o status de Living Legend e não é mais válida no formato.

- Bull's Eye Bracers foi movida de banida para suspensa até Lexi, Livewire atingir Living Legend.

Blitz:

- Drone of Brutality (1) foi banido.

Briar, Warden of Thorns foi lançada em Tales of Aria e chegou com um alto impacto no meta. A heroína possuía cartas fortíssimas, como Channel Mount Heroic e Plunder Run (1), e um combo avassalador de Ball Lightning (1) com Sting of Sorcery. Além disso, a habilidade original da heroína possibilitava acumular Embodiment of Earth infinitamente, o que a fez não só uma excelente agressora como também uma excelente defensora, tornando qualquer decisão do oponente ruim.

Não demorou muito para ela se tornar o melhor deck agressivo do momento.

Os Banimentos de 12/01/2022

Até então, a heroína vinha galopando e ganhando pontos de Living Legend de maneira assustadora, até a chegada da lista de banidas e restritas do dia 12/01/2022.

Nessa lista, a heroína sofreu uma errata e perdeu duas das principais cartas de sua estratégia: Ball Lightning (1) e Plunder Run (1). Sua errata limitou a habilidade de criar Embodiment of Earth a somente uma vez por turno, enquanto os banimentos visavam tirar diretamente a capacidade ofensiva da heroína. Com essa lista, ela teve seu poder substancialmente diminuído.

Com o lançamento de Everfest (a coleção seguinte), a heroína foi colocada de lado. Bravo, Star of the Show se tornou o maior desafio do meta e Chane, Bound By Shadow voltava ao radar. Nesse momento, a Runeblade perdeu sua dominância e ficou esquecida.

Quando o Guardian e o Runeblade atingiram o status de Living Legend, Briar, Warden of Thorns viu um caminho livre de seus predadores e voltou ao meta, se tornando novamente um excelente deck agressivo, voltando a ganhar vários pontos de Living Legend e ficando cada vez mais próxima da linha de chegada. No entanto…

A Ida de Prism e a Dominância de Oldhim

Prism, Sculptor of Arc Light atinge o status de Living Legend logo em seguida, e, sem ela, Oldhim, Grandfather of Eternity traz consigo uma era do gelo ao jogo, juntamente com a maga Iyslander, Stormbind. Com tantos Frostbite e Channel Lake Frigid nos eventos competitivos, nossa Runeblade volta a estacionar e não consegue mais ganhar esses eventos. E assim foi durante todo o ano de 2023.

Os Banimentos de Gelo e os Passos Finais

Com os banimentos focado nos heróis de gelo, a Runeblade conseguiu algum espaço: ela ganhava alguns poucos pontos ali, outros poucos pontos acolá, mas ainda estava sumida dos grandes eventos. Porém, estava tão próxima de atingir o status que qualquer torneio maior que ela ganhasse já seria o suficiente.

Com Oldhim, Grandfather of Eternity atingindo LL e Lexi, Livewire sendo o novo desafio, Briar, Warden of Thorns finalmente ganha o último torneio necessário e atinge o status de Living Legend, podendo assim deixar o meta após uma longa jornada de altos e baixos.

A mudança de status de Bull's Eye Bracers foi somente um jeito de retornar o equipamento para Azalea, Ace in the Hole quando Lexi, Livewire atingir Living Legend. A mudança substancial foi essa, mas diversos avisos estão presentes neste anúncio.

Não é de hoje que Lexi, Livewire é um deck ameaçador. Desde Outsiders, é o melhor deck do formato. Banir Bull's Eye Bracers não foi o suficiente para reduzir seu poder, e durante toda a temporada de Dusk Till Dawn ela ganhou torneio atrás de torneio - principalmente nos nacionais.

Com tantas vitórias e um ganho gigantesco de pontos de Living Legend (restando apenas 72 pontos para atingir o status), a próxima lista de banimentos foi anunciada para o dia 06 de novembro (11 dias antes do mundial), visando exclusivamente fazer a limpeza do meta e banir a heroína - uma vez que, com as próximas temporadas de Pro Quests, PTIs e Callings, ela com certeza atingirá o status. Somente se ocorrer uma loucura de metagame após Bright Lights esse momento será utilizado para banir outra carta.

Outra heroína que será banida caso atinja os pontos até essa data será Iyslander, Stormbind. Apesar de necessitar de pouco menos de duzentos pontos, essa possibilidade existe e será levada em consideração, logo, poderemos ter um mundial com certeza sem a arqueira, mas com uma incerteza acerca da maga de gelo.

A nova coleção focada em Mechanologist, Bright Lights, - com um grande suporte para Dash, Inventor Extraordinaire e três novos heróis - pode trazer uma mudança drástica, então estaremos diante de um meta incerto. Podemos começar a nos despedir das últimas duas heroínas de gelo, mas o que o meta nos reserva é um mistério.

Uma observação: Drone of Brutality (1) não foi banido nessa lista. Sua ida foi anunciada com as novas regras do Blitz já faz algum tempo. No entanto, me dei a liberdade de inseri-lo aqui para poder comentar e o que isso traz para o formato.

Drone of Brutality (1) é claramente uma carta problemática. Em meu artigo sobre as cartas banidas do jogo (está um pouco datado, mas ainda vale a explicação), expliquei o maior problema dessa carta e como ela ia contra os ideais do jogo.

A ideia de voltar ele ao Blitz veio com a justificativa de um momento de jogo diferente, com outras ameaças e como uma espécie de incentivo a outros heróis para que eles montem decks mais focados em controle (já que Oldhim e Iyslander tinham atingido o status de Living Legend).

Em um primeiro momento a ideia deu certo. A carta tornou outros decks Controle, como Ira, Crimson Haze, Yoji, Royal Protector e Riptide, mas esses decks acentuaram o problema da carta: estados nos quais o jogo se torna infinito, fins de jogos repetitivos, redução de deckbuilding, entre outros.

Com a oficialização da mudança de regras no Blitz, esses decks mais Controle podem encontrar novas ferramentas e encaixá-las em determinados jogos. Por isso, Drone of Brutality (1) volta ao lugar de onde não deveria ter saído.

Visando manter um padrão entre os formatos, os formatos Commoner e Ultimate Pit Fight (UPF) seguirão as mudanças do Blitz, podendo agora trocar cartas do main deck dependendo da partida.

Em resumo: os decks devem conter exatas 40 cartas main deck (sendo somente comuns no caso do Commoner) com 12 cartas compostas por equipamentos, armas e cartas que podem ser trocadas do deck.

A empresa ainda anunciou que pretende, daqui em diante, lançar mais coleções com formatos limitados (em outras palavras, eles pretendem reduzir a quantidade de sets de expansão, como foram Dynasty e Dusk Till Dawn, por exemplo). Por conta disso e visando manter uma certa rotação nos formatos, diversos campeonatos competitivos tiveram sua pontuação de Living Legends atualizada, acelerando o processo para heróis atingirem o status.

Essa mudança ocorre, principalmente, pela entrada de diversos novos heróis em um futuro próximo, o que mantém o jogo sempre com "novos ares".

Apesar dessa lista ter decepcionado boa parte da comunidade que esperava um banimento direto em Lexi, Livewire, a presença da heroína promete ser temporária e já tem data marcada.

Infelizmente, por esse meta tão dominado, a ida de Briar, Warden of Thorns não terá nenhum impacto significativo. A arqueira é claramente um deck agressivo mais forte e todos os olhos ainda ficarão voltados para ela.

Estamos diante de um futuro incerto. Assim como foi impactante a ida de Oldhim, Grandfather of Eternity, a ida da arqueira e os novos decks que virão em Bright Lights pode nos trazer uma era das máquinas, com uma predominância em peso dos Mechanologists, mas com a possibilidade de Iyslander, Stormbind permanecer no meta, tudo isso pode ser diferente. Somente o tempo dirá o que veremos daqui em diante.

Obrigado pela leitura e até a próxima!