Flesh and Blood chegou ao Brasil e, apesar de toda a discussão a respeito de como o competitivo florescerá no país através dos formatos CC e Blitz, pouco se fala do formato acessível, onde os decks podem ir de 30 a até 120 reais: Commoner!
Nesse artigo falarei sobre como você pode ingressar no formato pauper de Flesh and Blood, seus prós e contras, e como sua loja local de cartinhas também pode se beneficiar com ele!
Introdução ao formato: Commoner
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Quando comecei a jogar Flesh and Blood, minha loja local não tinha Blitz Decks à venda e muito menos singles para vender, vendia apenas os boosters selados e boxes.
Um amigo meu comprou uma box de Monarch pois queria montar o baralho da Prism para o Blitz e não achava as singles para vender, por sorte abriu um Vestige of Sol e montou o deck. As cartas que sobraram da box serviram para eu montar meu primeiro deck, com a heroína Levia, e algumas raras que tinham sobrado.
Se eu quisesse montar o deck dela em sua melhor condição, eu teria que abrir boxes e boxes, e até hoje nos canais principais de venda é difícil achar Majestics e Raras. No momento, apesar de possuírem comuns escassas, elas são bem mais abundantes que os equipamentos Lendários. Logo, é relativamente mais fácil e muito menos custoso fechar um deck Commoner bem próximo ou igual à lista que você almeja!
Regras do Commoner
O formato segue as mesmas regras do Blitz, com algumas mudanças:
- Decks de 40 cartas: incluindo apenas cartas comuns
- 11 cartas no espaço de inventário (armas e equipamentos): pode conter até 2 raras e o resto deve ser comum
- 1 herói young que pode ser comum ou raro.
- 2 cópias de cada card único são autorizadas
- 30 minutos por round, melhor de 1
Banlist
- Ball Lightning
- Belittle
Prós e contras do formato
Entre os prós e contras do formato, temos:
Prós:
- Ótimo para aprender heróis novos com baixo custo;
- Perfeito para novos players aprenderem o jogo por diminuir a complexidade das jogadas;
- Banlist própria e bem menor, assim jogadores veteranos podem aproveitar suas cartas que foram banidas do Blitz ou CC mais uma vez;
- Fácil da loja manter decks Commoner disponíveis para jogadores novos tentarem em campeonatos e se interessarem pelo jogo;
- Decks do formato podem receber Upgrades e virarem decks de Blitz aos poucos;
Principal contra do formato:
- Alguns heróis e arquétipos são difíceis de construir e utilizar no formato (Dromai, Ash Artist, por exemplo, não pode utilizar nenhuma de suas invocações, pois são raras).
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Decks para Começar
Quer tentar, quem sabe montar dois decks e ensinar um amigo? Eis aqui 3 decks de heróis ideais para começar no formato:
Ninjas
-“Kodachi batendo 1, Kodachi Batendo 2, Flying Kick (1) batendo 7”.
A heroína do Welcome Deck, conhecida anteriormente como flagelo do formato Blitz, faz sua aparição no Commoner! Até o momento o único herói que possui especialização na raridade comum, Ira, Crimson Haze possui cartas poderosas como Whirling Mist Blossom e Torrent of Tempo (1) para fazer pressão no oponente com uma estratégia go wide super aggro.
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Ninja é uma classe com múltiplas formas de conceder go again aos seus ataques, além de já possuir a maioria das cartas com go again, visto que o objetivo é atacar várias vezes no turno e no último ataque acumular dano e utilizar cards como Salt the Wound e Push the Point (1) passando ainda mais dano.
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Apesar de simples, a habilidade passiva de conceder +1 de dano ao segundo ataque é forte, e super sinérgica com a utilização de duas Harmonized Kodachi como armas.
Em um turno comum, podemos utilizar duas cartas da nossa mão para bloquear dano do oponente se estiver sob pressão, e em nosso turno dar pitch 3, atacar com duas Harmonized Kodachi e finalizar com qualquer ataque de custo 1.
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Entre uma das mais fortes interações do deck, podemos utilizar Razor Reflex (1) para garantir que Whirling Mist Blossom conecte após o primeiro ataque da arma por 1 ter conectado, permitindo um turno explosivo ao comprar mais duas cartas! E em um turno médio o deck costuma atacar por 7 se tiver que bloquear, se estiver pressionando é praticamente 10+ todo turno.
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O equipamento do deck também é ótimo, utilizamos Snapdragon Scalers para dar go again em cards que normalmente não o possuem, como Push the Point (1), Breaking Scales para bloquear a conceder mais dano aos nossos ataques com combo, Vest of the First Fist para conceder recurso em mãos sem pitch 3 e Hope Merchant's Hood para embaralhar mãos ruins no deck.
Guardian
Apresentado pela lista de Dice Commando, o guardião Bravo utiliza ataques com a mecânica crush em sinergia com sua habilidade ativada de conceder dominate e garantir que ataques como Crush the Weak (1) conectem por 4 ou mais de dano, causando downsides devastadores ao oponente.
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Anothos é uma powerhouse do deck, utilizando 2 pitches para recurso, em conjunto com Pummel (1), ataca-se por 10 de dano com o martelo após a reação de ataque!
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Guardian é uma classe em que o playstyle consiste em grandes ataques para pressionar o oponente, com disrupção suficiente para atrapalhar seu turno, e com a maioria das cartas com 3 de poder de defesa, o que também faz o deck jogar bem defensivamente.
Nesse sentido, o herói costuma tirar vantagem do turno 0/1, visto que mesmo que o oponente queira usar a mão inteira para bloquear, não é possível com dominate, colocando Bravo em uma vantagem de vida no começo do jogo, que pode virar uma bola de neve. Em um turno comum, utilizamos duas cartas para bloquear, e em nosso turno atacamos por 7+.
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Além de Anothos como uma ótima arma principal, também temos acesso a Helm of Isen's Peak, um dos melhores equipamentos comuns disponíveis no formato, que pode ser quebrado para passarmos o turno com mais uma carta da mão, bloqueando bem e ainda atacando bem no próximo turno.
Heartened Cross Strap é uma ótima fonte de recurso com mãos sem pitch 3, Goliath Gauntlet é utilizada para pressionarmos letal com facilidade, e Ironhide Legs utilizamos para bloquear, em um flex slot com Quelling Slippers.
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Warrior
Dorinthea abusa de reações para atacar pesado com sua Dawnblade, eventualmente passando 1 a 3 de dano mesmo com bloqueadores pesados, permitindo que, aliada a sua habilidade, utilizemos cartas que dão go again para atacar novamente com sua espada, colocando um marcador de dano, e criando uma bola de neve onde todo turno a arma bate mais e mais.
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Precisamos de cartas que concedam go again a nossa arma, uma vez que a habilidade de Dorinthea apenas permite o ataque adicional, não concede o ponto de ação.
As cartas que servem a essa função são Hit and Run, Driving Blade (1) entre outras. Depois, possuímos múltiplos buffs no formato de Razor Reflex (1), Ironsong Response (1), Sharpen Steel (1).
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Nos slots de equipamento, temos Gallantry Gold e Refraction Bolters como estrelas do baralho, aumentando o ataque e concedendo go again a arma em turnos onde não conseguimos isso naturalmente com cartas da mão.
Utilizamos Ironrot Helm e Ironrot Plate para bloqueios, o equipamento Nullrune completo para matchups contra magos como Kano e Iyslander e até heróis da classe runeblade como Chane e Viserai.
Conclusão
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Apesar de ser possível construir decks do formato Blitz sem gastar rios de dinheiro com resultados positivos em torneios, Commoner também é um formato muito amado pela comunidade, super aquecido especialmente em países que o jogo já é consagrado como nos USA, e permite o uso de vários arquétipos, quebrando um pouco aquele padrão de gameplay de jogar sempre com o mesmo baralho competitivamente.
Acredito que formatos baratos são de suma importância para que uma gama maior de público possa ter acesso a entretenimento, como é o caso de Flesh and Blood, e que a tendência é seu crescimento em nosso país também!
Por hoje é só, até a próxima!
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Dimitri • 28/11/22
Esther • 28/11/22
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