Análise: A morte e a reinvenção do Blitz + Decks de exemplo

No artigo passado, eu escrevi um pouco sobre a morte do Blitz e como ele estava bem impopular. Apesar desse sentimento geral, a LSS não tinha, até então, se pronunciado sobre seu futuro; somente que ele seria considerado como casual.

Isso levantou algumas questões: como ficaria o status de Living Legend (já que nenhum herói ganharia pontuação)? E os banimentos? E aqueles jogadores que gostam do Blitz?

Porém, em seu último Dev Talk (o podcast da LSS), James White, o criador do jogo, nos atualizou sobre a situação de cada formato, e o Blitz terá mudanças radicais. Então, hoje vamos comentar essas mudanças, como isso impacta no meta e trazer sugestão de algumas listas!

Uma rápida análise nos demais formatos

Antes de comentarmos sobre o Blitz, muito se falou dos demais formatos. Apesar de nenhum deles ter mudanças drásticas, alguns merecem destaque.

O Living Legend foi um formato de muito destaque em 2025, sendo utilizado em Skirmish e até mesmo no Mundial, porém, para o próximo ano, ele será colocado um pouco “de lado”. Isso acontecerá por conta do Silver Age agora ocupar o palco como o segundo formato competitivo.

Falando no Silver Age, muito se comentou sobre ele, e uma coisa foi deixada bem clara: para os desenvolvedores, o formato foi pensado e equilibrado a partir da próxima coleção (Compendium of Rathe). Isso significa que não haverá mudanças significativas para o meta atual e que há uma promessa de mudanças radicais para o próximo ano.

Outra coisa comentada foi a continuidade do Commoner. Se Silver Age cumpre o propósito de ser barato e com um power level menor, qual seria o sentido do Commoner? A resposta foi bem clara: nenhum. Por conta disso, o formato deixará de existir.

Agora vamos comentar sobre o Blitz. Para quem não se lembra (ou não cconhece),o Blitz é um formato com heróis Young (de qualquer raridade) com um deck principal de exatas 40 cartas, podendo utilizar duas cópias de cada carta. O seu deck deve conter um total de 52 cartas, incluindo seu deck principal, Equipments, Weapons e demais cartas que ficarão no inventário.

Ele também segue, assim como no Classic Constructed,o sistema de Living Legend, cujo herói que atingir 1000 pontos deixa de ser válido.

A partir de 01/01/2026, as seguintes mudanças ocorrerão no Bitz:

- Todos os heróis que atingiram o status de Living Legend retornarão (extinguindo assim o status);

- Não há mais uma banlist;

- Seu deck deve incluir apenas uma cópia de cada carta (deck singleton).

Os impactos da mudança

O primeiro grande choque dessa mudança é a volta dos heróis que há muito tempo já rotacionaram: Viserai teve uma reviravolta em suas cartas depois de Rosetta, Iyslander está com todo seu potencial sem banimentos, Kano agora tem toda sua linha de combo além de outros heróis muito fortes como Chane, Briar e Oldhim, mas tudo isso com um preço: o deck inteiro só pode conter uma cópia de cada carta.

Observação: uma cópia de cada carta em sua respectiva cor, então você pode, por exemplo, montar um deck com um Zero to Sixty (1) vermelho, um amarelo e um azul.

Limitar o deckbuilding a somente uma cópia pode ser a solução que o formato precisava: não ter acesso a turnos poderosos de maneira tão consistente, tornando os combos mais demorados e com maneiras mais eficientes de se responder.

Sem uma banlist, podemos tomar diversos rumos para cada um dos heróis que nunca puderam testar na época em que eram válidos.

Verdance

No Living Legend, Verdance foi protagonista de um dos decks mais fortes da história do jogo, utilizando a Weapon Kraken’s Aethervein juntamente com a mecânica de Amp.

A Weapon foi rapidamente banida, mas aqui podemos tentar fazer algo parecido utilizando ganho de vida, Amp e algumas ferramentas mais defensivas enquanto procuramos o combo com Firebreathing.

A ideia é igual à época do Living Legend: crescer o maior de Amp possível com Rampant Growth // Life, causar um alto dano arcano com a Weapon, comprar diversas cartas e finalizar com Firebreathing pagando sua habilidade com as demais cartas que compramos.

Devido à restrição de somente uma cópia, precisamos de tempo para encontrar as peças, por isso algumas Defense Reactions podem ajudar no plano.

Oldhim

Mas se prefere ser um deck extremamente controle e prolongar o jogo até acabar o deck do seu oponente, Oldhim tem as ferramentas perfeitas para isso.

Além de diversos Blocks do Mastery Pack: Guardian, as cartas antes banidas Awakening e Drone of Brutality (1) podem te ajudar a finalizar o jogo, mas enquanto não encontra essas cartas, Winter’s Wail ajuda a parar um pouco o turno do oponente e Crown of Seeds a parar dano.

Iyslander

Iyslander já é histórica no Flesh and Blood, e aqui a clássica “Bullander” tem todo o seu potencial. Devidoàa boa recursão em Attacks de poder 7, Iyslander pode adotar seu plano sem nenhum problema.

Além disso, ferramentas disruptivas fortes como Channel Lake Frigid e Hypothermia podem atrapalhar por completo o turno do oponente. Storm Striders ainda é o finalizador perfeito em um formato com tão pouca vida.

Briar

Mas não só de combo o Blitz vive. Briar era um dos melhores decks Aggro na época, e agora tem novas cartas que não existiam até então, como Skyward Serenade, Regrowth // Life e Burn Up // Shock.

Além disso, algumas cartas carimbadas que foram banidas, como Ball Lightning e Plunder Run, também fazem presença aqui.

Renascido das cinzas como uma Phoenix Flame o Blitz precisava de novos ares há tempos. Fazer dele um formato casual e tirar do escopo competitivo (que agora está ocupado pelo Silver Age) é uma excelente maneira de fazer os jogadores se sentirem confortáveis ao jogar o Blitz.

Voltar heróis antigos e utilizar as cartas mais fortes do jogo é definitivamente algo que alguns jogadores gostam, e dar esse espaço no Blitz com a restrição de deckbuilding o torna mais agradável e mais divertido de se jogar.

E você, o que achou do novo Blitz? Gostava mais com as regras antigas ou as atuais? Nos conte nos comentários!

Obrigado por ler até aqui e até a próxima.