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Deck Tech Commoner: Iyslander - Elemental Wizard

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No artigo de hoje, trago Iyslander no Commoner mostrando sua posição no Metagame, como jogar com o deck e o porque a heroína é tão forte em um formato de somente comuns.

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revisado por Tabata Marques

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Introdução

Antes de falar sobre o deck de hoje, gostaria de compartilhar a ideia de querer escrever sobre o Commoner e o que me motiva a querer explorar cada vez mais esse formato.

Esse artigo é o primeiro de diversos que pretendo escrever sobre decks do formato de comuns. Eu, pessoalmente, estou montando e testando diversas listas e estou com a meta de, ainda este ano, construir fisicamente todos os decks jogáveis possíveis do formato. Mas por que essa motivação toda?

Sou apaixonado por formatos mais baratos (budgets) pois são excelentes para novatos que não querem investir de cara no jogo, possibilitam testar estratégias que não possuem espaço em demais formatos e, por conta de um power level reduzido, apresentam um desafio no sentido de "não posso utilizar esta carta, o que posso fazer para substituí-la?". Então com essa série de artigos, gostaria de mostrar a vastidão de opções que o jogo pode apresentar sem necessariamente investir em uma Fyendal's Spring Tunic.

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Se você ainda não sabe o que é o formato Commoner, recomendo que leia este artigo anteslink outside website.

Para começar, partirei do primeiro deck que estou montando e jogando, este que possui uma história curiosa e atualmente é uma das heroínas mais fortes do jogo: Iyslander.

Iyslander e sua ideia

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Iyslander foi lançada, primeiro, na coleção de Everfestlink outside website na raridade Majestic, porém a coleção não dava o devido suporte à heroína. As cartas de Wizard até então eram relativamente boas, mas eram muito melhor aproveitadas em Kano, enquanto que as cartas com o talento de Ice não eram pensados exatamente com a ideia da classe de Wizard, fazendo com que seu deck fosse uma construção esquisita entre cartas com Ice (que eram melhor utilizadas por Oldhim), ataques vermelhos e ações com dano arcano.

Tudo muda então com o lançamento de Uprisinglink outside website. Além da introdução dos novos heróis Fai e Dromai, Iyslander recebe o merecido tratamento. A coleção traz todo o suporte que a heroína necessitava (incluindo suas especializações): cartas de Wizard que fazem sentido para ela (cartas com o talento Ice que dão dano arcano e algumas outras com a mecânica de Fused) e sua nova arma Waning Moon, que é melhor para sua estratégia do que a até então utilizada Kraken's Aethervein, e logo traçou-se a principal ideia do deck: uma estratégia de controle.

Além de todo esse suporte, duas outras novidades foram extremamente relevantes para a heroína: ela ganha uma versão adulta (passando a valer no Classic Constructed) e sua versão jovem cai de raridade, passando de Majestic para Token (passando a valer no Commoner).

A ideia da heroína se diferencia dos demais heróis do jogo. O desejo de Iyslander é não só utilizar suas ações em seu turno, mas também no turno do oponente. A heroína, diferente de Kano, faz ações no turno do oponente ao mesmo tempo em que impõe ferramentas de controle: seja por fichas de Frostbite ou através de descartes — fazendo dela a heroína para os amantes de estratégias controle.

Rapidamente Iyslander passa de um deck esquisito no Blitz para um dos melhores decks em absolutamente todos os formatos. No Commoner, sua força não é diferente.

Diferenças por conta do Formato

Em um formato de somente comuns, o deck se diferencia em alguns aspectos por não possuir diversas ferramentas que o deck Blitz possui.

A ausência de ferramentas como Frost Hex, Channel Lake Frigid, Ice eternal, Blizzard e o equipamento Coronet Peak tornam o deck mais fraco em relação à sua estratégia de controlar através de taxação, porém a estratégia ainda se mantém viável pela própria habilidade da heroína e de cartas comuns como Waning Moon e Arctic Incarceration (3).

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Diversas cartas importantes do deck ainda estão presentes na lista. Podemos citar, entre elas, Ice Bolt (3), Scalding Rain (3), Snapback (1), Frosting (3) e Cold Snap (3). Então o deck perde um pouco do seu poder de taxação, porém todo o seu potencial de dano arcano e cartas de Ice ainda estão disponíveis — além de alguns ataques.

Apesar dessas perdas, o deck ainda se mantém um dos melhores do formato por justamente possuir as suas principais fontes de dano disponíveis e ainda possuir alguma espécie de controle, mesmo que reduzida.

Decklist Iyslander Commoner

É possível fazer o deck de duas maneiras, porém ainda idênticos: um focado exclusivamente em dano arcano e outro também com essa estratégia, mas com a adição de algumas cartas de ataque para estabelecer uma condição de vitória alternativa.

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Uma das coisas que mais chamam a atenção quando olhamos para a lista é a quantidade de cartas azuis. O motivo é bem simples: sinergia com a heroína.

Apesar dos efeitos e danos serem reduzidos se comparados às suas versões amarelas e vermelhas, isso se compensa a partir do momento que fazemos essas ações no turno do oponente, logo em todos os turnos queremos, se possível, colocar uma carta azul no arsenal e passar. Também a quantidade de cartas azuis possibilita que tenhamos geração de recursos em abundância e fazer ações mais pesadas sem problemas.

Estratégia

A linha do deck é bem simples: colocar uma carta azul (de preferência do tipo Ice) no arsenal, na primeira oportunidade do turno do oponente (quando ele ativar uma Harmonized Kodachi, por exemplo), utilizar essa carta do arsenal e gastar o recurso restante para ativar Waning Moon. Se o oponente decidir bloquear o dano arcano, ele o fará pagando com recursos da mão — diminuindo o seu potencial de dano no turno.

Para aqueles que já entendem mais da heroína e jogam com outras listas, vocês vão notar mais uma particularidade dessa lista: a ausência de cartas de custo dois como Polar Cap (3) e Ice Bolt (3).

Elas não são ruins e podem ser utilizadas sem problema algum, porém essa lista é focada em tirar o maior valor possível no turno do oponente com apenas um pitch azul. Com ações de custo zero ou um, é possível jogá-las no turno do oponente e ativar a habilidade de Waning Moon utilizando somente um pitch azul — restando ainda três cartas na mão.

Cartas azuis

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Frosting (3), Scalding Rain (3), Aether Hail (3), Aether Dart (3) e Reverberate (3) estão na lista pelo puro dano arcano que pode ser dado no turno do oponente. Todas elas possuem efeitos extremamente idênticos, com exceção de algumas como Reverberate (3), porém estas não estão na lista para tirar proveito desses efeitos extras, somente pelo dano em tempo de instantânea.

Além das cartas de dano, também contamos com diversas ferramentas de controle utilizadas para atrasar o turno do oponente. Vale notar que diversas dessas ferramentas são do tipo Ice — o que desencadeia a segunda habilidade da heroína.

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Arctic Incarceration (3), além de ser ótima pelo custo zero, faz com que sejam gerados dois Frostbite se jogado do arsenal, fazendo dela uma das melhores ferramentas de controle do deck. É importante frisar que caso a carta seja utilizada no seu turno, a ficha de Frostbite se mantém no campo mesmo após o fim do seu turno.

Amulet of Ice é o único item do deck e também o único a não possuir defesa, porém sua função está em ser uma ferramenta de disrupção da mão do oponente ou tirar alguns recursos que seriam utilizados para cartas que viriam em sequência.

Apesar de ser um item, ele ainda assim não é uma ação de ataque, o que possibilita ser jogada no turno do oponente e possibilitar a utilização de Waning Moon. Note que há uma condição para o item poder ter sua habilidade ativada, e para isso precisamos de outras cartas que possuam a mecânica de Fused para dar suporte.

Brain Freeze (3) parece ser fraco e muito condicional, mas em um formato voltado em utilizar cartas mais eficientes com o menor custo possível, não é difícil em pensar em algumas que podem ser tiradas da mão do oponente.

Dash utiliza Zero to Sixty (1), Ira, Crimson Haze utiliza Head Jab (3), Chane utiliza Seeds of Agony (1), e assim por diante. No pior dos cenários você ainda terá informação da mão de seu oponente. Caso ainda não tenha gostado de sua usabilidade, Pry (3) é uma excelente substituta.

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Icebind (3) traz um pequeno dano arcano, mas caso seus requisitos sejam cumpridos, seu oponente não conseguirá utilizar a carta do arsenal por estar congelada. Também, com esse estado de congelada, o arsenal pode virar alvo do equipamento de mãos que usamos, mas falaremos sobre o equipamento mais adiante.

Cold Snap (3) é a carta que ganha mais valor quando jogada do arsenal. Sua maior utilidade é em se repor, no caso de jogarmos ela do arsenal, criarmos um Frostbite para o oponente, utilizarmos Waning Moon e assim ainda temos uma mão com quatro cartas após essa jogada (considerando que um pitch azul foi utilizado).

Em meu artigo sobre as staples do Commonerlink outside website contei o quão útil Winter's Bite (3) é em heróis com o talento de Ice. Na Iyslander, sua utilidade está em ser do tipo Ice e ser uma excelente ferramenta de controle. A habilidade de go again permite ainda fazermos mais ações no nosso turno.

Aether Icevein (3) traz tudo que o deck precisa. Se o deck está cheio de cartas de dano arcano e ferramentas de controle, o que dizer sobre uma carta que faz as duas funções?

Qualquer decisão que o oponente decidir fazer é vantajoso. Se ele prevenir o dano arcano, ele gastará recursos para isso, se ele não prevenir, ele terá que descartar ou pagar dois recursos. Não é à toa que essa ação está atualmente suspensa no Blitz.

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A única carta azul da lista que não se encaixa em nenhum desses objetivos é Winter's Grasp (3). Como ele não pode ser jogado no turno do oponente (pois ele é uma ação de ataque), a função dele está em gerar recurso, poder segurar três de dano e ser do tipo Ice para as cartas com Fused.

Ele pode ser utilizado como ataque caso esteja em condições onde estamos em uma posição muito favorável na partida, mas em geral não a utilizamos para ataque.

Cartas vermelhas

A lista possui poucas cartas vermelhas, sendo essas utilizadas principalmente para apresentar alguma ameaça ao oponente.

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Aether Hail (1), Aether Icevein (1), Frosting (1) e Snapback (1) estão na lista pelo alto dano arcano com menção honrosa para Snapback (1), que pode ser jogado no turno oponente.

Note que, para que isso seja possível, é necessário jogar uma carta de Wizard antes, o que não inclui ações como Amulet of Ice ou Cold Snap (3), por isso atente-se ao planejar as jogadas.

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Como ataques utilizamos Wounded Bull (1) e Icy Encounter (1). Enquanto que Icy Encounter (1) faz o papel de ser agressivo e ter uma ferramenta de controle, o outro ataque vermelho, além de possuir um poder bem alto, é muito sinérgico com a heroína uma vez que Iyslander possui uma vida menor naturalmente, então é muito fácil com que o ataque tenha poder oito. Esse ataque já se mostrou muito eficiente quando utilizado pelo campeão Michael Hamilton no último campeonato mundial de Flesh and Blood, então faremos algo parecido aqui também.

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Como o deck apresenta fragilidades caso receba uma agressão muito forte, Sink Below (1) é uma ótima defesa por bloquear quatro, além de trocar alguma carta que não seja tão útil da nossa mão.

Equipamentos

Nos últimos artigos venho sempre falando como os equipamentos são importantes no Flesh and Blood e como as cartas mais caras do deck são eles, mas aqui só podemos utilizar equipamentos comuns e alguns raros, logo o power level será diminuído em relação aos demais formatos, porém isso não significa que teremos equipamentos fracos ou pouco relevantes.

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Para Iyslander, utilizaremos nossos equipamentos principais como ferramentas de controle.

Glacial Horns, juntamente com Conduit of Frostburn faz o papel de controlar o arsenal do oponente e até destruí-lo pelo efeito do equipamento de mãos.

Coat of Frost pode atrasar o próximo turno do oponente (o que é muito bom quando estamos finalizando o jogo e queremos garantir uma mão forte para o próximo turno) e Mage Master Boots para sequenciar duas cartas de ação no nosso turno - uma vez que pouquíssimas ações nossas possuem go again natural.

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Como sideboard não há muito segredo. Nullrune Gloves, Nullrune Boots e Spellfire Cloak compõem três de barreira arcana para mirror matches ou contra Kano.

Ironhide Helm e Ironhide Legs contra decks agressivos como Dash e Bravo e Quelling Slippers contra decks que dão baixo dano, porém contínuos como Ira, Crimson Haze

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Waning Moon é a chave desse deck.

Essa lista é montada pensando no melhor jeito de extrair seu valor máximo e ao longo desse artigo expliquei como utilizá-la, por conta disso não vamos cogitar utilizar nenhuma outra arma.

Note que, para utilizá-la, é necessário ter feito ao menos uma carta de ação de não ataque no turno, então atente-se para sequenciar corretamente as jogadas.

Matchups

Nas matchups vou citar os principais decks do formato, mas para os decks de tiers menores, a lógica utilizada aqui é a mesma.

Dash

Dash possui ataques extremamente fortes e com muita cadência, e com o item Hyper Driver (1) e seu equipamento Heartened Cross Strap ela pode ter um turno impossível de se recuperar, por isso procure sempre taxar com Frostbite para anular o recurso recebido com Hyper Driver (1).

Aqui Sink Below (1) é uma carta importantíssima e nossos ataques vermelhos também são excelentes para pressionar o oponente — uma vez que ela não utilizará, normalmente, equipamentos com defesa.

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Ira, Crimson Haze

Ira, Crimson Haze possui um valor muito bom se utilizando de ataques baratos e com alta cadência. O grande problema nessa partida é que os ataques possuem pouco poder, porém de ataque em ataque sua vida vai diminuindo até se aproximar do letal.

Procure bloquear cartas-chave como Whirling Mist Blossom e Salt the Wound e bloqueie ataques maiores. Utilize a habilidade da heroína para taxar o máximo possível o turno do oponente e fazer com que seus ataques possuam um custo maior. É importante lembrar que ninjas não costumam bloquear bem, por isso os ataques vermelhos são bem importantes.

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Bravo

A partida é difícil por conta dos altíssimos ataques que o herói possui, como Macho Grande (1), e combinações como Anothos mais Pummel (1), por isso preserve o máximo possível a sua vida até o momento oportuno de atacar com os ataques vermelhos ou se utilizar dos danos arcanos vermelhos.

Lembre-se: os ataques utilizados por Guardians possuem custos muito elevados, logo quanto mais Frostbite e descartes você fizer, mais forte será o seu turno de ataque.

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Iyslander

Geralmente jogos contra o mesmo herói costumam ser 50-50 (isso significa que as chances para os dois jogadores de vitória são as mesmas). Se caso o seu oponente estiver utilizando uma lista focada em dano arcano, procure sempre passar seu turno com mais cartas azuis para se utilizar da Arcane Barrier 3 dos seus equipamentos e prevenir esse dano (principalmente do dano de Waning Moon), e ocasionalmente seus ataques vermelhos ganharão o jogo.

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O mesmo vale para listas idênticas a apresentada nesse artigo, com a ressalva de evitar o dano de Icy Encounter (1) e de demais cartas com efeitos on-hit que possam ser apresentadas.

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Conclusão

Iyslander é um deck extremamente forte no Commoner por possuir diversas cartas que sua versão Blitz utiliza sem abrir mão da forte estratégia de jogar no turno do oponente. Ela segura a opressão de diversos decks e, se o oponente não estiver preparado, ela pode dar dano arcano sem impedimentos.

Iyslander não é o melhor deck do formato, mas com certeza está sentada ao lado do trono e com o título de um dos top decks a se utilizar.

Gostaria de agradecer a todos que me incentivaram a começar essa série e explorar cada vez mais os heróis desse jogo, em especial meu querido Gustavo: que estes artigos lhe façam se interessar cada vez mais por esse jogo magnífico e ajudem a encontrar sua classe.

Obrigado por ler até aqui e até a próxima!